Hoje queria falar um pouco sobre o meu trabalho,
falar para quem não me conhece, para quem já me conhece, e mesmo assim gostaria
de saber um pouco mais sobre mim.
Atendo como psicoterapeuta clínica há mais de 10 anos
e também me dedico a dar aulas de Yoga, alternando minha rotina entre esses
dois trabalhos. Apesar de serem práticas muito diferentes, queria falar um
pouco da relação que existe entre esses dois tipos de cuidado.
Como psicoterapeuta me baseio na abordagem
fenomenológico-existencial para compreender meus pacientes e como professora de
Yoga me fundamento nessa filosofia oriental milenar. Abordagens com origens e
bases epistemológicas completamente diferentes, mas que possuem algo muito
importante em comum: são práticas de auto-cuidado que buscam o alívio do
sofrimento humano.
Como psicóloga recebo diversos tipos de demandas e me
deparo frequentemente com casos em que o Yoga pode ser benéfico, ou ao
contrário, como professora de Yoga muitas vezes percebo que a psicoterapia pode
ser pertinente para determinado aluno.
Observo também que essas práticas podem se
complementar. Por exemplo, na compreensão da fenomenologia-existencial não
existe separação entre mente e corpo, o Ser é uma integridade, indissociada,
inclusive, do mundo ao seu redor. Por outro lado, a palavra Yoga vem do
sânscrito e significa “união”, e se refere a experiência de união consigo mesmo
e com tudo o que existe, que acontece na prática, por meio da vivência.
Aqui o pensamento fenomenológico se aproxima da
prática do Yoga e de uma certa forma o Ocidente dialoga com o Oriente.
Deixo aqui algumas reflexões iniciais e espero, num
próximo post, falar mais sobre o meu trabalho e essa relação entre
fenomenologia e Yoga que acabou acontecendo, mas também de cada tema em
particular.